Com o nome de Asilo de Nossa Senhora da Conceição começou a funcionar num prédio da antiga e desaparecida Alameda Passos Manuel, em Matosinhos.
Esse prédio foi doado pela Viscondessa de Santa Cruz do Bispo à nossa Confraria, expressamente para esse fim.
Grande amiga da nossa Instituição, à qual doou também preciosas pratas e alfaias, além de importantes donativos em dinheiro, tem o seu retrato, como também o marido, na Galeria dos nossos grande beneméritos.
Em 1918, o Asilo de Nossa Senhora da Conceição, passou para o palacete construído na parte sul dos jardins da Confraria pelo marido de D. Ana Costa Braga, entretanto falecido, que a viúva vendeu à nossa Instituição pela simbólica quantia de quatro contos, quando o seu real valor seria de dezenas de contos. A esse propósito consta numa Acta o reconhecimento da Assembleia-Geral por esse gesto de grande bondade e de não menor caridade.
Mais tarde, em homenagem a essa generosa senhora, foram colocados os retratos de D. Ana Emília Maria dos Reis Costa Braga e de seu marido, Conselheiros Artur da Costa Braga, junto dos outros beneméritos.
Mais cidadãos dotados de generosos sentimentos de filantropia também contribuíram para este estabelecimento com ajudas pecuniárias mais ou menos importantes, que igualmente foram homenageados pela Santa Casa, e que passo a citar: D. Virgínia Lages de Sampaio e Melo, Dr. José Domingues de Oliveira, Dr. José Ventura dos Santos Reis, Manuel Jorge Forbes Bessa, José Nogueira Pinto, Conde de S. Salvador de Matosinhos, D. Adelina Leite Nogueira Pinto Oliveira, Amâncio de Sousa Gonçalves, D. Maria Inês Martins, Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Portuguesas, António da Silva Pinheiro, Damião de Oliveira Aguiar, João Fernandes de Carvalho, etc.
O Asilo, hoje com o nome de Internato de Nossa Senhora da Conceição, passou desse edifício, onde esteve instalado até 1983, para novas instalações, que lhe ficam contíguas, propositadamente construídas para esse fim. No tempo do Provedor Dr. Miguel Martins de Oliveira que, desde Janeiro de 1975 e durante dezasseis anos, presidiu à Mesa Administrativa da Misericórdia de Matosinhos, fizeram-se obras de adaptação no rés-do-chão do Palacete onde funcionava o Asilo, de modo a servir como cozinha, refeitório, tratamento de roupas, gabinetes técnicos e balneários, e construíram-se mais espaços complementares contíguos, destinados a dormitórios, sala de estar, sala de estudo, etc. Estas novas instalações foram inauguradas em 1983.
Destina-se a crianças e jovens do sexo feminino, com idades compreendidas entre os seis e os dezoito anos. É um departamento de solidariedade, em contínuo melhoramento, de elevada utilidade, que procura resolver situações de carência de vária ordem, de grande perigosidade e de desequilíbrio social, com uma empenhada acção educativa, pedagógica e de protecção, de modo a permitir às nossas utentes uma futura perfeita integração na comunidade.
E esta é uma Obra que consideramos da maior valia e do mais elevado interesse para esta Santa Casa na sua missão de bem-fazer.
